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Energia solar gera competitividade a produção de leite no Paraná


A energia solar fotovoltaica está se consolidando como uma ferramenta indispensável para os produtores brasileiros de leite, oferecendo benefícios econômicos, maior eficiência na produção e uma vantagem competitiva no mercado.

Em uma entrevista exclusiva ao Jornal O Presente Rural, Liciany Ribeiro, coordenadora regional do Paraná na Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), destacou o impacto transformador da tecnologia no setor leiteiro. Segundo Ribeiro, a energia solar ajuda a reduzir custos operacionais, melhora a sustentabilidade dos negócios e fortalece a resiliência das operações.

Um dos principais atrativos da energia solar para os produtores de leite é a redução significativa nas contas de energia. “A energia solar permite que os produtores reduzam suas contas para perto da tarifa mínima, através do sistema de créditos energéticos,” explica Liciany. “Durante o dia, a energia gerada é injetada na rede, e à noite, os créditos acumulados compensam o consumo, restando apenas os impostos a serem pagos, como PIS, Cofins e ICMS.”

A tecnologia fotovoltaica oferece uma fonte renovável e limpa de energia, com painéis que têm uma vida útil de cerca de 25 anos, ainda produzindo 80% de sua capacidade após esse período. Ribeiro ressalta que a produção local de energia solar elimina as perdas significativas associadas à transmissão de eletricidade das grandes usinas, tornando o processo muito mais eficiente. “Além de utilizar uma energia 100% limpa, as perdas são mínimas porque a produção ocorre exatamente onde o consumo acontece. Por exemplo, a energia gerada pela Itaipu Binacional em Foz do Iguaçu (PR) perde mais de 10% durante a transmissão até Curitiba (PR), podendo chegar a 20%. Ou seja, praticamente 20% da nossa tarifa de energia corresponde a perdas,” detalha Liciany.

A independência energética proporcionada pelos sistemas híbridos, que combinam painéis solares e baterias, é crucial para evitar interrupções na produção em caso de falhas na rede elétrica, garantindo tempo suficiente para ações corretivas. “Com a adoção do sistema híbrido, o produtor opera com muito mais segurança,” enfatiza Ribeiro, destacando que as baterias de lítio, com uma vida útil de 10 anos, são uma solução eficiente para essa necessidade.

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